quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Planejamento Estratégico por Chiavenato

Independente do tamanho da empresa é necessário estabelecer alguns parâmetros e estratégias. O importante é ter um guia que vai direcionar as ações do presente como meio de atingir as metas traçadas para o futuro. Atualmente, no Brasil, ainda vemos empresas que movimentam milhões de reais, sem nenhum planejamento estratégico.

Trabalhar o planejamento alinhando-o aos objetivos organizacionais é o grande desafio enfrentado por administradores de pequenas empresas. No entanto, o mais importante é gerar o comprometimento das pessoas, principalmente, os envolvidos na direção do negócio.

Uma estrutura estratégica tem conteúdo lógico e sólido para disciplinar o crescimento da empresa e executar uma transição ordenada do presente para o futuro. O Plano Estratégico fornece uma consolidada integração de informações, o que cria uma formidável sistemática de comunicação na Empresa.

Como conseqüência direta da implantação do planejamento, destaca-se a gestão estratégica, assumindo a responsabilidade de articular os interesses da empresa, estimular o espírito de equipe, motivar o comprometimento das pessoas e viabilizar ajustes e alterações no plano de acordo com os ambientes interno e externo.

O Plano Estratégico é eminentemente flexível e oferece alternativas que podem substituir certos objetivos operacionais no caso de o ambiente mostrar sinais de alterações. Ele é a base da APO - Administração por Objetivos. Aliás, a APO se fundamenta no planejamento estratégico da empresa.

Com sua implementação é possível monitorar o comportamento do ambiente externo e adequar as estruturas e recursos internos da empresa para poder identificar novas oportunidades e enfrentar as ameaças que dele se originam.

Podemos definir Planejamento Estratégico como método pelo qual a empresa define a mobilização de seus recursos para alcançar os objetivos propostos. É um planejamento global a curto, médio e longo prazo.

Estratégia é a mobilização de todos os recursos da empresa no âmbito global visando atingir objetivos definidos previamente. É uma metodologia gerencial que permite estabelecer o caminho a ser seguido pela empresa, visando elevar o grau de interações com os ambientes interno e externo.

O Planejamento Estratégico procura responder a questões básicas, como...
  • porque a organização existe;
  • o que e como ela faz e;
  • onde ela quer chegar.
Dele resulta um Plano Estratégico, ou seja, conjunto flexível de informações consolidadas, que serve de referência e guia para a ação organizacional. Pode ser considerado como uma bússola para os membros de uma determinada organização.

Fases da elaboração

A elaboração do Planejamento Estratégico compreende quatro fases:

1– Formulação dos objetivos organizacionais

A empresa define os objetivos globais que pretende alcançar a longo prazo e estabelece a ordem de importância e prioridade em uma hierarquia de objetivos.

2 – Análise interna das forças e limitações da empresa

A seguir, faz-se uma análise das condições internas da empresa para permitir uma avaliação dos principais pontos fortes e dos pontos fracos que a organização possui. Os pontos fortes constituem as forças propulsoras da organização que facilitam o alcance dos objetivos organizacionais - e devem ser reforçados, enquanto os pontos fracos constituem as limitações e forças restritivas que dificultam ou impedem o seu alcance - e que devem ser superados. Essa análise interna envolve...
  • análise dos recursos – recursos financeiros, máquinas, equipamentos, matérias-primas, recursos humanos, tecnologia etc. – de que a empresa dispõe para as suas operações atuais ou futuras;
  • análise da estrutura organizacional da empresa, seus aspectos positivos e negativos, divisão de trabalho entre departamentos e unidades e como os objetivos organizacionais foram distribuídos em objetivos departamentais;
  • avaliação do desempenho da empresa, em termos de lucratividade, produção, produtividade, inovação, crescimento e desenvolvimento dos negócios.
3 – Análise externa

Trata-se de uma análise do ambiente externo à empresa, ou seja, das condições externas que rodeiam a empresa e que lhe impõem desafios e oportunidades. A análise externa envolve...
  • mercados abrangidos pela empresa, características atuais e tendências futuras, oportunidades e perspectivas;
  • concorrência ou competição, isto é, empresas que atuam no mercado, disputando os mesmos clientes, consumidores ou recursos;
  • a conjuntura econômica, tendências políticas, sociais, culturais, legais etc., que afetam a sociedade e todas as demais empresas.
4 – Formulação das Alternativas Estratégicas

Nesta quarta fase do planejamento estratégico, formulam-se as alternativas que a organização pode adotar para alcançar os objetivos organizacionais pretendidos, tendo em vista as condições internas e externas. As alternativas estratégicas constituem os cursos de ação futura que a organização pode adotar para atingir seus objetivos globais. De um modo genérico, o planejamento estratégico da organização refere-se ao produto – bens que a organização produz ou serviços que presta – ou ao mercado – onde a organização coloca seus produtos ou bens ou onde presta seus serviços. Daí a matriz produto/mercado com várias alternativas estratégicas.

Com todos esses elementos – objetivos organizacionais, análise das condições internas e externas e alternativas estratégicas – a organização tem condições para preparar seu planejamento estratégico. O planejamento estratégico deve especificar onde a organização pretende chegar no futuro e como se propõe a fazê-lo a partir do presente. O planejamento estratégico deve comportar decisões sobre o futuro da organização, como...
  • objetivos organizacionais a longo prazo e seu desdobramento em objetivos departamentais detalhados;
  • as atividades escolhidas, isto é, os produtos – bens ou serviços – que a organização pretende produzir.
  • o mercado visado pela organização, ou seja, os consumidores ou clientes que ela pretende abranger com seus produtos;
  • os lucros esperados para cada uma de suas atividades;
  • alternativas estratégicas quanto as suas atividades – manter o produto atual, maior penetração no mercado atual, desenvolver novos mercados;
  • interação vertical em direção aos fornecedores de recursos ou integração horizontal em direção aos consumidores ou clientes;
  • novos investimentos em recursos – materiais, financeiros, máquinas e equipamentos, recursos humanos, tecnologia etc. – para inovação – mudanças – ou para crescimento – expansão.
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

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